domingo, 29 de agosto de 2010

Afinal o Presidente Lula é um governo dos pobres ou um governo dos ricos?

. 40% do povo brasileiro vivem com menos de um salário mínimo;
. Os bancos no Brasil têm mais de 30% de lucro ao ano;
. 7 bilhões de reais são distribuídos a 11 bilhões de famílias nos programas sociais (bolsa família, escola, etc.) enquanto que 163 bilhões são distribuídos a pouco mais de 20 mil famílias devido às altas taxas de juros.
PS. O Brasil tem a maior taxa de juros do mundo; o segundo colocado tem menos de metade da nossa taxa de juros);
. Apenas 4 empresas (nenhuma brasileira) estão autorizadas a exportar toda soja colhida no Brasil.
Afinal o Presidente Lula é um governo dos pobres ou um governo dos ricos?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

QUERIDOS ALUNOS

PARA O BEM DE NOSSAS CRIANÇAS DIGAM NÃO AOS PROGRAMAS SENSACIONALISTAS.
FAVOR ENVIAREM UM E-MAIL PARA AO JORNALISTA RAUL JAFET DIZENDO NOSSA INDIGNAÇÃO DIANTE DOS PROGRAMAS SENSACIOLANISTAS.
rauljafet@gmail.com

A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional

Revista Iberoamericana de Educación. ISSN: 1681-5653 n.º 44/7 – 10 de enero de 2008 EDITA: Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI)
ANA PAULA DE SOUSA
MÁRIO JOSÉ FILHO
Universidade Estadual Paulista, Brasil

1. O processo de sociabilidade e aprendizagem infantil
Durante o processo de desenvolvimento social da criança são formadas ações motoras e mentais que proporcionam progressivamente o domínio do uso de objetos e a aprendizagem de comportamentos em situações complexas, diante da identificação dos significados destes objetos e situações. Deste modo, no decorrer do desenvolvimento, o indivíduo estabelece sua capacidade de agir, questionar e fazer descobertas sobre o mundo vivencial, de pensar criticamente sobre os objetivos e as
situações que o rodeia e de construir inclusive seus próprios valores morais através de relações interpessoais, estabelecidas com o ambiente físico e social. Mesmo sofrendo todas as influências do meio físico e social, a criança não é passiva, mas sim um agente interpretativo, pois ela constrói significados para suas experiências e ações vividas ao longo desse processo. Sendo assim, o impacto específico de qualquer interação particular dá-se sempre em função do que a criança se tornou e das expectativas e relações que já formou. No momento em que a criança aprende a gerar normas de ação, a discriminar as regras que se aplicam a determinadas situações e a agir de acordo com a regra selecionada - proporcionada devido às atividades práticas realizadas no convivo social - é que a consciência e o comportamento moral maduro são alcançados.
Pressupõe-se então, que a consciência madura é atingida quando já existe certo grau de aprendizagem. E esse processo de aprendizagem, em geral, se dá ao longo do processo de integração e de adaptação do ser humano ao seu ambiente. Para Piaget (1987) esta adaptação é feita por assimilação de esquemas e por acomodação desses esquemas em novas estruturas mentais. E é a partir dessas estruturas mentais que se faz o processo da aprendizagem, quer dizer, qualquer coisa “nova” que se aprenda só poderá ser assimilada se existir uma base de conhecimentos suficientes para isto. Desta forma, para que a capacidade de aprender exista, será necessário que a criança forme ações mentais adequadas – capazes de identificar características,propriedades e finalidades – que inicialmente existem sob a forma de eventos externos e dos quais o indivíduo se apropria, sendo gradativamente interiorizados. Isto é, as conexões sociais progressivamente são incorporadas pela criança e o seu comporta-mento passa ser orientado por uma fala interna – fundida com o pensamento integrado às operações intelectuais – que planeja sua ação. Com isso, podemos dizer que a aprendizagem nada mais é que um conteúdo da experiência humana e das ações compartilhadas das quais a criança se apropria ao manter contato com seu grupo. Enfim, a criança nasce dentro de uma sociedade com seus valores e padrões apropriados e através da interação com outros seres humanos, especialmente os mais experientes, ela apreende elementos do mundo social – a fim de funcionar dentro dele –, que auxiliam numa definição desse mundo e servem de modelo para as suas atitudes e comportamento, podendo ser de maior ou menor importância, mas que ajudam a criança a determinar sua própria personalidade.

2. A família: um importante agente socializador
A partir do nascimento, a criança é inserida num contexto familiar que torna-se responsável pelos cuidados físicos, pelo desenvolvimento psicológico, emocional, moral e cultural desta criança na sociedade. Com isso, através do contato humano a criança supre suas necessidades e inicia a construção dos seus esquemas perceptuais, motores, cognitivos, lingüísticos e afetivos. Também é a partir da família que a criança estabelece ligações emocionais próximas, intensas e duradouras sendo cruciais para o estabelecimento de protótipos de liames subseqüentes para uma socialização adequada.
O ambiente familiar é o ponto primário da relação direta com seus membros, onde a criança cresce, atua, desenvolve e expõe seus sentimentos, experimenta as primeiras recompensas e punições, a primeira imagem de si mesma e seus primeiros modelos de comportamentos – que vão se inscrevendo no interior dela e configurando seu mundo interior. Isto contribui para a formação de uma “base de personalidade”, além de funcionar como fator determinante no desenvolvimento da consciência, sujeita a influências subseqüentes. [...] Todo o seu progresso psicológico foi realizado, até então, através das relações com outrem, principalmente os pais. De começo, a criança fundiu-se com as pessoas que a rodeiam, identificou-se com elas, foi invadida pela sua presença [...]. (Médici, 1961, p. 40). A família também desenvolve um papel importante nas formas de representação do mundo exterior, pois é através dela que se dá a inserção do sujeito neste mundo e onde começa a apreensão do conjunto de determinações – processo este que lhe possibilita viver o universal de forma particular e, neste movimento, construir-se. A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional . O fato de pertencer a um determinado núcleo familiar já propicia à criança noções de poder, autoridade, hierarquia, além de lhe permitir aprender habilidades diversas, tais como: falar, organizar seus pensamentos, distinguir o que pode e o que não pode fazer, seguindo as normas da sua família, adaptar-se às diferentes circunstâncias, flexibilizar, negociar. Um bom exemplo é o relacionamento com adultos próximos, principalmente pais e irmãos, onde a criança aprende como negociar, cooperar e competir, a fazer amigos e aliados, a ter prestígios e fracassos, a ter oportunidade de experimentar relações com iguais e aprender umas com as outras. As experiências e sentimentos brotados no decorrer do relacionamento cotidiano familiar são de grande influência no comportamento da criança, podendo orientá-la quando se tornar aluno e assim funcionar como base futura para a interação com companheiros escolares. Nesta lógica, é imprescindível que no relacionamento entre pais e filhos os sentimentos de carinho e segurança possam ser transmitidos de modo que, conseqüentemente, levem a criança a explorar mais o ambiente, acarretando num maior aprendizado. Muitos especialistas no assunto acreditam que o afeto encontrado no seio familiar pode ser entendido como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a operar, influenciando a velocidade com que se constrói o conhecimento, ou seja, quando a criança se sente mais segura, aprende com mais facilidade. Podemos observar, o quanto às ligações emocionais são necessárias para o desenvolvimento da
humana, já que uma criança tem que experimentar relações primárias a fim de empatizar com outras pessoas e desenvolver uma segurança psicológica básica. Os apegos emocionais também estão na base da motivação da aprendizagem. Pelo fato de a criança procurar a aprovação e o amor dos outros – para ela, significativos – ela é motivada a pensar e a comportar-se como eles desejam, além de basear seu comportamento no deles. A família funciona como o primeiro e mais importante agente socializador, sendo assim, é o primeiro contexto no qual se desenvolvem padrões de socialização em que a criança constrói o seu modelo de aprendiz e se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária e que vai se refletir na sua vida escolar. Independentemente de como a família é constituída, esta é uma instituição fundamental da sociedade, pois é nela que se espera que ocorra o processo de socialização primária, onde ocorrerá a formação de valores. Este sistema de valores só será confrontado no processo de socialização secundário, isto é, através da escolarização e profissionalização, principalmente na adolescência. (Valadão; Santos, 1997, p. 22). Passamos a trabalhar com a possibilidade de que o modelo de aprendizagem não se caracterize como algo de cunho somente individual, mas também como modelo desenvolvido em uma rede de vínculos. Assim, a família se revela não somente como fator indispensável na estabilidade emocional da criança como também na sua educação, com isso, o sucesso da tarefa da escola depende da colaboração familiar ativa.

3. O papel da escola na formação do ser social
A instituição escolar é um fenômeno relativamente recente na história da humanidade, somente surgiu como prática corrente, por causa das exigências crescentes de um mundo cada vez mais industrializado. A produtividade demandava trabalhadores melhores preparados para operar máquinas, consertar engrenagens e entender de processos produtivos, enfim, precisava-se de pessoas que dominassem minimamente os conhecimentos necessários nas fábricas. Neste contexto, a escola seria responsável pelo ajustamento do educando a um mundo mecânico e social. A educação, portanto, não têm uma história isolada, mas constitui parte integrante do todo social, subsistema relacionado aos fatores mais amplos da sociedade (econômicos, sociais). (Giaqueto; Pinto, 1989, p. 18). No século XX, o acesso à escola tomou proporções nunca antes imaginadas; a dedicação cada vez maior de homens e mulheres ao trabalho fez com que as funções da família começassem a ser divididas com a escola, esta progressivamente passou a ter um papel maior na formação dos indivíduos e a se tornar de grande importância educacional. Além de fornecer modelos comportamentais, fontes de conhecimento e de ajuda para o alcance da independência emocional da família, a escola também passa a ser o local para a formação do ser social e para o desenvolvimento do processo de transmissão-assimilação do conhecimento – que pode ser utilizado pelo aluno em seu meio de sociabilidade como instrumento de sua prática. A escola se constitui num pólo de referência e ampliação de uma identificação com a família para uma identificação mais geral com o grupo social externo, ou seja, na construção da identidade do ser social. (Valadão; Santos, 1997, p. 8). Contudo, para que o indivíduo seja um agente consciente da sua prática social, é preciso que ele se torne capaz de dominar o conhecimento elaborado existente na sociedade em que vive, inclusive o próprio modo de produzir este conhecimento. Mas o que se verifica em grande parte das escolas, é um ensino massificado, onde o ritmo é o de uma linha de montagem industrial. Em decorrência, temos alunos assumindo o valor de notas ou conceitos que os conduzem à aprovação (sinônimo de sucesso) ou à reprovação (sinônimo de fracasso).

4. Relações, desenvolvimento e sociabilidade da criança na escola
A inserção no contexto escolar representa uma fase muito importante na vida da criança, pois implica um processo de mudança em que ela inicia a saída do aconchego do mundo familiar até então conhecido para estabelecer maiores relações na sociedade. Para muitas crianças como também para seus pais, esta fase pode revestir-se de um caráter assustador, gerando medo, ansiedade e insegurança, por isso, exige de ambos os lados um grande esforço para a adaptação. A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional Neste estágio de adaptação é importante que os educadores estejam preparados para lidar com todas as emoções emergentes e, na medida do possível, tenham a sensibilidade de compartilhar com a criança e com seus genitores a repercussão dessas vivências. Também é imprescindível que a escola saiba explorar este momento, estimulando os pais a refletirem sobre os aspectos emocionais envolvidos na relação com os filhos, incentivando a percepção de quanto estes aspectos influem no desenvolvimento, crescimento e socialização das crianças. Esta seria uma maneira de auxiliar os pais a tomarem consciência das suas próprias emoções e atitudes, orientando-os para o caminho de uma conduta mais adequada e condizente com relação aos filhos. Para isto, é fundamental que os pais sintam a escola como um ambiente seguro eacolhedor e, ao mesmo tempo, é necessário a participação e o acompanhamento por parte dos progenitores (ou respon-sáveis) na vida escolar das crianças. A sintonia entre escola e família torna-se um elemento facilitador para que a vida escolar seja vivenciada com maior tranqüilidade, deste modo, os pais podem transmitir segurança a seus filhos e, conseqüentemente, facilitar o processo de adaptação.
As imagens de família segura, de família protetora, entre outras, estão sendo formadas desde asrelações iniciais que as crianças desfrutam dentro do contexto familiar, e são estes sentimentos que vão confortar os alunos nos períodos em que a família não estiver presente. Mas cabe também à escola esforçar-se para proporcionar um ambiente estável e seguro, em que as crianças se sintam bem. Aos poucos, parte do sentimento de segurança que ela experimenta, que é encontrado no seio familiar, passa a ser transmitido pelo adulto mais próximo, que no contexto escolar é o professor. O contato com outros companheiros também contribui, entre tantas outras coisas, para que o jovem aluno se acostume à rotina escolar, passando a ter interesse pelos objetos, atividades e conhecimentos escolares – isto favorece o seu desenvolvimento pessoal e intelectual. Na idade escolar o essencial da vida para o pequeno aluno são, indiscutivelmente, as relações que o ligam aos outros. Essas relações são também, sem interrupção, marcadas por uma necessidade de valorização. É delas que a criança retira a confiança em si mesma, a força do seu impulso. (Mèdici, 1961, p. 49). O terreno objetivo da sala de aula, as relações e as atividades nela realizadas despertam nos alunos a necessidade de valorização, assim são gerados os sentimentos de confiança em si e nos outros; e mais, permitem que as crianças vivenciem, mutuamente, experiências diversas como: o embate, o conhecimento, a aceitação, ao mesmo tempo em que se auxiliam e se fortalecem,imitam seus compa-nheiros, descobrem coisas. Esse contato com outras crianças e sob a autoridade efetiva ou disfarçada de outros adultos faz com que os jovens alunos progridam e se preparem espontaneamente para a realidade objetiva da vida escolar, das regras, da sociabilidade, saindo do seu egocentrismo e chegando à objetividade apresentada. A escola ao incentivar a busca de um fim objetivo em determinada atividade, além de estimular o desejo de aprender, também propicia que a criança tome consciência dos seus progressos tanto em relação aos conhecimentos adquiridos como à sua capacidade criadora, fazendo com que ela obtenha estima e aprovação, servindo-se disto, como um meio de consolidação da sua personalidade.

5. A participação do professor no processo de aprendizagem do aluno
A relação professor-aluno supõe participação ativa de ambas as partes, envolvendo acordos e desacordos, para isto, é importante o professor respeitar e reconhecer que o sistema regente da conduta infantil nem sempre coincide com a conduta do adulto e nem sempre se baseia nos mesmos valores. Afinal, desde muito pequenos, os alunos já seguem, exploram e inventam regras, assim, constroem sua própria noção de certo e errado. Entretanto, a interação em sala de aula envolve o ajuste de ações que levam à construção compartilhada de significados nas situações de aprendizagens, pois supõe-se que o professor auxilie inicialmente os alunos na tarefa de aprender para que logo possam pensar com autonomia. O professor tem um papel significativo no processo de aprendizagem, pois deve perceber os alunos nos diferentes momentos deste processo e, cooperativamente, responder para que os mesmos evoluam rumo ao alcance de um nível mais elevado do conhecimento. Desta forma, o professor é um mediador competente entre o aluno e o conhecimento, tendo a possibilidade de criar situações de aprendizagens e provocar o desafio intelectual. Contudo, as situações de aprendizagens apresentam-se como novas e desconhecidas, podendo provocar diversos sentimentos nos alunos. Neste momento, o educador tem a tarefa de encorajar o aprendiz a experimentar, a participar das atividades, a interagir com outras crianças e assim tirar proveito delas.
Além do mais, o embate entre parceiros pode colaborar para que os alunos superem visões de mundo restritivas, individualistas ou autoritárias, obtendo esquemas de significações mais flexíveis, complexas, criativas, através da compreensão de outros pontos de vista e, sempre que possível, buscar o alcance de pontos comuns de opiniões ou discutir as razões dos seus desacordos. Diante de um contexto democrático, a flexibilidade e a aceitação do diferente, do pluricultural, enfim, do que não é norma, leva o indivíduo à construção de um papel de cidadão e de uma mentalidade solidária comprometida com o seu grupo social.

6. A família e a escola: agentes facilitadores do desenvolvimento educacional
Tanto a família quanto a escola têm o objetivo de educar crianças e adolescentes, por isso, parece evidente que ambas devam manter uma relação de proximidade e cooperação, porém, o que parece tão óbvio não ocorre de fato. O que se tem observado, por um lado, é que a escola reclama a ausência da família no acompanhamento do desempenho escolar da criança, da falta de pulso dos pais para colocar limites aos
A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional filhos e da dificuldade que muitos deles encontram em transmitir valores éticos e morais considerados importantes para a convivência em sociedade. E por outro lado, a família reclama da excessiva cobrança da escola para que os pais se responsabilizem mais pela aprendizagem da criança, da ausência de um currículo mais voltado para a transmissão de valores e para a preparação do aluno perante os desafios não-acadêmicos da sociedade e do mundo do trabalho.
O que na verdade falta é uma maior integração e comunicação entre a escola e a família para o preparo e o acompanhamento do que é passado para o aluno na sua vida escolar. Ao mesmo tempo em que se é aluno também se é filho e vice-versa, o que faz com que família e escola estejam interligadas; entretanto, é importante que se perceba quais são as funções e as responsabilidades de cada uma, para as duas não ficarem em um “jogo de empurra”, onde o aluno acaba ficando no meio, quando na realidade, ele é a personagem de importância indiscutível para ambas, mas suas necessidades ainda continuam à espera de um olhar mais apurado. O que ocorre é que torna-se difícil caracterizar os papéis dessas instituições. As funções da família e da escola encontram-se muito difusas numa sociedade tão complexa como a atual. Há uma confusão de papéis, sendo que tanto os pais quanto os professores sentem dificuldades em definir suas funções. (Valadão; Santos, 1997, p. 47).
Contudo, ao pensarmos nos alunos como filhos e cidadãos, veremos que é impossível colocar à parte escola, família e sociedade, pois a tarefa de ensinar não compete apenas ao professor, até mesmo porque o aluno não aprende apenas na escola, entre outras coisas, ele aprende também através da família, dos amigos, das pessoas consideradas significativas, dos meios de comunicação, do cotidiano. Por isso, é preciso que professores, família e comunidade tenham claro que a escola, por sua complexidade, precisa contar com o envolvimento de todos. Família e escolaprecisam, juntas, criar uma força de trabalho para superarem as suas dificuldades, construindo uma identidade própria e coletiva; para isto, é fundamental que se encarem como parceiras de caminhada, pois ambas as duas são responsáveis pelo que produzem - podendo reforçar ou contrariar a influência uma da outra. Portanto, é imprescindível que família e escola atuem juntas como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando, pois é através da educação que vão se constituir em agentes institucionais capazes de exercer seu papel para a mudança da estrutura social.

Considerações finais
Em geral, o processo de aprendizagem se dá ao longo da integração e da adaptação do ser humano ao seu ambiente físico e social. Para que exista capacidade de aprender é necessário que a criança forme ações mentais adequadas, inicialmente existentes sob a forma de eventos externos que são apropriados pelo indivíduo e gradativamente interiorizados. Deste modo, a aprendizagem é um conteúdo da experiência humana e das ações compartilhadas que a criança apropria-se ao manter contato com seu grupo.
A aprendizagem se caracteriza, então, como modelo desenvolvido em uma rede de vínculos e, podemos citar a família como o primeiro contexto na qual se desenvolvem padrões de socialização onde a criança constrói o seu modelo de aprendiz e se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária. As experiências e sentimentos brotados no decorrer do relacionamento cotidiano familiar são de grande influência no comportamento da criança, funcionando como base futura para a interação escolar e motivação da aprendizagem. Desta forma, a família é fator indispensável não somente na estabilidade emocional da criança como também na educação, sendo assim, a colaboração familiar ativa se reflete diretamente no sucesso da tarefa escolar
A escola tem grande importância educacional na formação do ser social, por isso, a sintonia entre escola e família é fundamental para que criem uma força de trabalho capaz de provocar a mudança da estrutura social. Portanto, a parceria de ambas énecessário para que juntas atuem como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando.

Bibliografia
DAVIS, Claudia, e OLIVEIRA, Zilma de (1994): Psicologia na Educação. 2.ed. São Paulo: Cortez. (Col. Magistério. 2° grau.
Serie formação do professor).
ELKIN, Frederick (1968): A criança e a sociedade: o processo de socialização. Trad. A Blaustein. Rio de Janeiro: Bloch
Editores S.A.
ESCOLA OSVALDO CRUZ, e ESCOLA PINDORAMA (1995): Educação infantil: reflexões sobre uma caminhada. Novo
Hamburgo.
GARDNER, Howard (1994): A criança pré-escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Medicas.
GIAQUETO, Adriana, e PINTO, Maria Deuza Rocha (1989): Quando a família e a escola configuram uma constelação
imperfeita. (Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a UNESP-Franca).
HOFFMANN, Jussara (2002): Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. 10. ed. Porto Alegre: Mediação (Cadernos de
Educação Infantil, v. 3).
KOUMROUYAN, Elza (1986): A relação homem-mundo: trajetória do sujeito a partir do grupo familiar, construção de sua
identidade e de seu processo de ser-no-mundo. São Paulo (Dissertação de mestrado em Serviço Social PUC-SP).
MEDICI, Ângela (1961): A escola e a criança. Trad. Carlos Leite de Vasconcellos. 2.ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura S.A.
MINICUCCI, Agostinho (1968): Relações humanas na escola. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos.
OLIVEIRA, Betty A., e DUARTE, Newton (1987): Socialização do saber escolar. 3. ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados
(Col. Polemidas do nosso tempo, 17).
OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos de (org) (1995): A criança e o seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a
educação infantil. São Paulo: Cortez.
PIAGET, Jean (1970): A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar.
— (1978): O julgamento moral na criança. São Paulo: Melhoramentos.
— (1987): O nascimento da inteligência. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara.
VALADÃO, Cláudia Regina, e SANTOS, Regima de Fátima Mendes (1997): Família e escola: visitando seus discursos.
(Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a UNESP-Franca).
VYGOTSKY, L. S. (1988): A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.
WEIL, Pierre (1966): A criança, o lar e a escola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S.A.

sábado, 14 de agosto de 2010

FRASES DE IVAN CAÇÃO DO TERCEIRO LIVRO AINDA NÃO PUBLICADO DA TRILOGIA DE "BANGSE"

- O Estado, através de seus dirigentes, nivela a educação por baixo, “e bem baixo”.
- A criminalidade é banalizada nos seus mais altos níveis e absorvida pelo educando.
- A escola é subordinada aos centros de comando, conseqüentemente negam-lhe a participação optativa e opinativa nas decisões.
- Há indícios na construção dos alunos de enfatizar a alienação; por quê? Para manutenção de um estado de dependência semi-colonial quando diz respeito aos paises desenvolvidos e, um estado de paternalismo se tratando da troca pelo voto.
- Na escola a criança ou adolescente é jogado a uma sociabilidade em que o êxito pertence ao mais forte, mais desonesto, o mais “sem educação”.
- Na escola, entre os alunos, é valorizado o mais desonesto, o mais arruaceiro. Uma agressão, seja ela qual for, eleva o praticante a um patamar de nobreza.
- A banalização da violência entra na escola pública sem bater na porta. Ali é degustada, ingerida e transformada em energia que, atormenta professores e todos os envolvidos diariamente e, mais tarde, com certeza atormentara a sociedade.
- A escola é pública e serve a interesses privados!
- O aluno enquanto aluno, deve conhecer seus limites e possibilidades, a partir disso, buscar a superação.
- Toda manifestação de aprendizagem de conteúdos deve ser valorizada ao mínimo e toda representação de maledicência deve ser submetida a uma punição. Concordo com Nietzsche quando ele diz que a educação deve ser severa, dura e com poucos elogios.
- Mais que ser um cidadão é ser você mesmo!
- Para ser você mesmo a educação deve ser “severa, dura e com poucos elogios”.
- Há um paradoxo na educação: se o professor não cobra do aluno ele vira um “Zé Ninguém”, se cobra, ele continua um zé ninguém, isto porque, as possibilidades dele não se tornar um zé ninguém está na educação.
- Todos os esforços referentes à educação deveriam ser dirigidos a dar sentido à vida, à natureza. Só assim, daremos um maior sentido para as pequenas coisas, para os pequenos acontecimentos vividos por todos.
- Desculpe-me Paulo Freire, mas entre uma educação sem qualidade e o refugio no campo, prefiro um analfabeto no campo.
- Quando se trata de educação, um longo passo não significa encurtar a caminhada, e sim, causar uma distensão no músculo da perna.
- Poderíamos educar nosso povo como nossos filhos, o problema é que nossos filhos é o nosso povo.
- Hei aluno! Você mesmo! Se Tu achas que é homem, então sabíeis a hora de calar, sorrir ou chorar.
- É mais cômodo deixar centenas e centenas de pessoas viverem do mercado ilegal que arrumar emprego a elas.
- Se Tu achas que pode tudo! Podes acreditar você pode!
- Como atingir a perfeição: deixe-se levar sem querer o que é do outro ou aquilo que lhe é imposto pela mídia!
- Como saber se aquilo que realmente desejo não está sendo imposto pela mídia? É simples: Leia! Tu tens que conhecer a ti mesmo!
- Você não fugira dos desejos impostos pela mídia, porém lendo, saberá lidar com ele.
- A essência do homem é ser composto pela mesma matéria de uma estrela, só que com um outro arranjo.
- O que aproxima um homem urbano de uma estrela? É que a estrela aprendeu a equilibrar-se na imensidão do vazio e o homem no meio da multidão.
- Prefiro morrer sendo atacado por um leão durante uma caçada que com uma bala perdida nas maravilhosas praias do Rio de Janeiro.
- O índio é livre! A partir do momento em que se tornar um cidadão, ele se tornará escravo do Estado.
- Tome muito cuidado, pois o Estado tem o poder de arrancar sua alma. Leia muito e livre-se do poder do Estado.
- Como Tu fazes para ser você: Leia!
- A marginalidade só existe porque o Estado permite!
- Quando mais o cidadão se achar livre, mais o Estado apodera-se de sua alma.
- O cidadão é escravo do Estado, o índio é livre!
- O Estado jamais dará liberdade a alguém, até porque ele não tem esse poder.
- Um verdadeiro amigo sempre ajuda o outro! O melhor amigo do Estado é a classe política partidária! O maior inimigo é a oposição, mas ela pode ser comprada.
- O que equilibra o orçamento da união para pagar os aposentados são os cidadãos assassinados antes mesmos de se aposentarem.
- A morte não me parece tão ruim, mas ser internado em um hospital público, hum!
- A bíblia tem um poder enorme enquanto lida!
- A bíblia tanto pode te escravizar quanto te libertar; depende de quem te mandou lê-la.
- Tu nunca serás perfeito, mas poderá se tornar melhor.
- Por mais que faças, nunca conseguirás retribuir as pessoas mais intimas! Porque elas lhe deram tanto que não há objetos, palavras ou dinheiro que retribua; mesmo que seja uma “tapa na cara”.
- Embora saiba que o medo é uma necessidade para a sobrevivência, acredito que a maior virtude do homem é a coragem.
- Coragem é ter calma na continuação de uma tarefa por mais difícil e demorada que seja. Porém, é o medo que nos avisa o momento de parar.
- As pessoas que me fazem sorrir, são as mesmas que me faz chorar!
- Deus criou a sombra para aqueles que não gostam de sol! E, o homem, o protetor solar para aqueles que não querem ficar parados à sombra, nem tão pouco, queimarem ao sol!
- O chato de ser chato é sentir-se chato e incapaz de sair da “chatidez”.
- Desejar sempre é uma necessidade fisiológica.
- Consertar o mundo é ilegal, imoral ou engorda.
- Você não é mais que ninguém, mas é alguém!
- Só uma coisa me entristece: “eu”.
- Aprenda a conviver com você para nunca ficar sozinho!