segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cultura da Humanização

"Para construirmos uma cultura de Humanização é necessário a união e a força da população contra os programas sensacionalistas". Isto porque estes programas caminham em direção contrária a humanização do povo brasileiro.
Todos nós temos o dever e obrigação de enviar e-mail para os políticos na tentativa de exterminar tais programas.
Vamos fazer a nossa parte!!

Construção de uma Cultura de Humanização

Uma das diferenças entre o ser humano os animais irracionais é que seu corpo biológico é envolvido, desde a infância, por uma rede de imagens e palavras, apresentadas primeiro pelos pais, pelos familiares e, em seguida, pela escola, pelo trabalho, enfim, por todas as relações sociais. É esse “banho” de imagem e de linguagem que vai moldando o desenvolvimento do corpo biológico, transformando-o em um ser humano, com um estilo de vida singular.
Como somos dotados de linguagem, podemos construir redes de significados, que compartilhamos em maior ou menor intensidade com nossos semelhantes e que nos dão uma identidade cultural. Dessa forma, somos capazes de transformar imagens em escultura e pintura, sons em música e palavras, palavras em poesia e literatura, ignorância em religião, arte, saber e ciência. Somos capazes de produzir cultura e, a partir dela, intervir e modificar a natureza. Transformar doença em saúde, por exemplo.
Contudo a palavra pode fracassar e, quando a palavra fracassa, somos também capazes das maiores arbitrariedades. A destrutividade faz parte do humano e a história testemunha a que ponto podemos chegar. O homem pode se tornar lobo do homem. Passamos a usar nosso conhecimento para aniquilar pessoas que consideramos diferentes de nós e que, por isso, percebemos como uma ameaça a ser eliminada. Essa destrutividade pode se manifestar em muitos níveis e intensidades, desde pequenos gestos cotidianos à atos de violência cruéis e definitivos.
Mas então, o que é humanizar? Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética. Ou seja, para que o sentimento humano, as percepções de dor ou de prazer sejam humanizadas, é preciso que as palavras que o sujeito expressa sejam reconhecidas pelo outro. É preciso, ainda, que esse sujeito ouça do outro palavras de seu reconhecimento. É pela linguagem que fazemos as descobertas de meios pessoais de comunicação com o outro. Sem isso, nos desumanizamos reciprocamente. Ou seja, sem comunicação, não há humanização. A humanização depende de nossa capacidade de falar e de ouvir, depende do diálogo com nossos semelhantes.
Paradoxalmente o desenvolvimento científico e tecnológico tem trazido tanto benefícios como prejuízos. Um mundo novo está sendo construído a partir das revoluções tecnológicas, e há uma indagação constante sobre como se processam as informações em uma era midiática.
A palavra pode ser reduzida, o contato humano secundarizado, a informação descontextualizada, a comunicação fragmentada na mesma medida que os avanços tecnológicos também engendram práticas sociais integradoras, humanizadoras.
A ciência e tecnologia se tornam desumanizantes quando ficamos reduzidos a objetos despersonalizados de nossa própria técnica, de uma investigação fria e objetiva. O preço que pagamos pela suposta objetividade da ciência é a eliminação da condição humana da palavra, que não pode ser reduzida, no caso da prestação de serviços de saúde, à mera descrição técnica dos sintomas e da evolução de uma doença, por exemplo. Quando preenchemos uma ficha de histórico clínico, não estamos escutando a palavra do paciente. As informações são indispensáveis, sem dúvida. Mas o lado humano ficou excluído. O ato técnico, por definição, elimina a dignidade ética da palavra, pois esta é necessariamente pessoal, subjetiva e precisa ser reconhecida na palavra do outro. Um hospital ou um posto de saúde pode ser excelente do ponto de vista tecnológico e, mesmo assim, ser desumano no atendimento. Isso acontece quando os pacientes são tratados como simples objetos de intervenção técnica e não acolhidos em suas angústias, temores e expectativas, ou sequer são informados sobre procedimentos necessários.
A explicação pode ser o excesso de demanda, a procura exagerada de ofertas técnicas e tecnológicas, a busca voraz de lucros ou ainda a falta de condições técnicas, de capacitação, de materiais, de gerência, de espírito de acolhimento. Os serviços tornam-se desumanizantes pela má qualidade resultante no atendimento e sua baixa resolubilidade. Essa carência geral ou específica de condições gerenciais, técnicas e materiais induz à desumanização, já que profissionais e usuários passam a se relacionar de forma desrespeitosa e impessoal.
Humanizar a assistência à saúde é dar lugar não só à palavra do usuário como também à palavra do profissional de saúde, de forma que tanto um quanto outro possam fazer parte de uma rede de diálogo. O compromisso com a pessoa que sofre pode ter as mais diversas motivações, assim como o compromisso com os cuidadores e destes entre si. Cabe a esta rede promover as ações, campanhas, programas e políticas assistenciais, tendo como base fundamentalmente a ética, o respeito, o reconhecimento mútuo, a solidariedade e responsabilidade.
Partindo dessa perspectiva, a Política de Humanização da assistência à Saúde aponta diferentes parâmetros para a humanização da assistência hospitalar em três grandes áreas:
» Acolhimento e atendimento dos usuários.» Trabalho dos profissionais.» Lógicas de gestão e gerência.
Esses parâmetros podem servir para o trabalho de análise, reflexão e elaboração de ações, campanhas, programas e políticas assistenciais que orientem um plano de humanização.
A expectativa da PHAS é criar uma nova cultura de humanização, que valoriza as ações humanizadas já desenvolvidas, criando uma filosofia organizacional que promova a conjugação cotidiana do verbo humanizar.
Uma cultura de humanização necessita tempo para ser construída, impõe a participação de todos os atores do sistema, determina a ruptura de paradigmas. Humanizar é verbo pessoal e intransferível, visto que ninguém pode ser humano em nosso lugar. E é multiplicável, pois é contagiante.
http://www.humanizasaude.rs.gov.br/site/artigos/manual/

Os jornais sensacionalistas devem ser exterminado da TV

Isto porque Cury (2003, p. 106), coloca que "o registro na memória é involuntário".
Os comentários televisionados no caso do "Goleiro Bruno"(2010) nos deixa a impressão que mataram a mesma mulher mais de cem vezes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

EDUCAR

A escola realmente educa?


Aquele que realmente aprendeu matemática, português ou qualquer outra disciplina realmente é educado? O conhecimento das disciplinas torna a pessoa mais educada? Afinal o que é educação? Seria a intelectualidade aprofundada de certos conhecimentos ou a gentileza, o respeito ao próximo, o cuidado com o outro, o amor ao próximo, a real educação para consigo e com o outro? A escola seria o espaço ideal para tal aprendizagem ou seria a família o responsável pelo individuo em construção?


A única e talvez principal resposta estaria em: quem educa hoje no Brasil é a mídia podre, irresponsável, inadequada, incapacitada de homens com a corragem e iniciativa de apresentar programas realmente educativos.


A escola é apenas o espaço onde as crianças praticam o que aprendem na mídia.

A educação é um conjunto de aprendizagem recebida ao sujeito durante o seu percurso até a pós adolescencia que todos nós temos obrigação e dever de ensinar. Professores, Jornalistas, Mídias, Empresários, Igreja e até mesmo o Estado (cujo a decadência e o extermínio é inevitável) são os principais responsáveis por tal educação.


terça-feira, 20 de julho de 2010

E-mail discussão entre o Jornalista Raul Jafet e o Prof. Ivan Cação

"Banalizar a violência é como ligar o gás e acender o forno meio hora depois"
(frase de Ivan Cação após responder o e-mail de Raul Jafet)

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Re: Decepção
Terça-feira, 6 de Julho de 2010 21:45
De:
"Ivan Cação" Exibir informações de contato
Para:
rauljafet@gmail.com
Caro, Raul.

Como já disse participaria com o maior prazer, mas pelo jeito vc gosta mais de levar políticos para poder ser homenageado do que professores para dizer as verdades. Uma frase que eu adoro do Betinho: "A banalização da violência atinge todas as classes sociais". Sou professor a mais de vinte anos em escolas publicas da periferia da Grande São Paulo; presenciei alunos agredir professores das piores formas que possa imaginar. Um aluno chutou a barriga da professora gravída obrigando um aborto com a morte do feto. Aluno colocando uma arma na cabeça de um professor que discursava contra drogas, etc. etc. O povo é o retrato daquilo que vê, escuta, sente. A miséria, a indiferença, a mídia podre aliada aos políticos, fizeram do povo ser o que são. Não os culpo pela ignorância que os cerca! Um povo construído para votar nos que aí estão para nos representar. Um povo que adora receber bolsa família, bolsa escola, etc., em vez de lutar para ocupar um espaço singular de um digno trabalho. Em uma enquête vejo que os meninos do primeiro ano do ensino médio querem ser jogadores de futebol de artista de televisão, enquanto as meninas modelo e atoras protagonistas em novelas; quando não: querem ser ladrões e traficantes. Sabe por que isto acontece? Simplesmente porque é o espelho que vocês lhes oferecem. O espelho está enraizado nas comunidades, nas favelas, nas elites, nos jovens políticos e quase em todos nós. Realmente não dá para fugir deste universo de maledicência, em que, o que predomina é a ganância, o poder, o dinheiro; mas podemos ser menos infelizes possível conhecendo o homem e sua natureza. Não isolo minhas filhas do mundo mas explico como tudo funciona e, deixo a sorte ao acaso. Sei que não estamos livres das maldades que nos cercam. Porém, tenho absoluta certeza que o melhor caminho é ensinar o bem, aquilo que sai de dentro do coração para humanizar a raça humana. Tenho salvado algumas almas em meu percurso como professor, tenho certeza que é insignificante dentro do contexto nacional; tenho mais certeza ainda que fiz algumas mães sofrerem menos (uma pelo filho que deixou de matar o filho de alguém e outra pelo filho que não foi morto pelo filho de alguém). Portanto, meu caro Raul, gostaria de saber! Se quarenta por cento da população praticamente vive do mercado ilegal, você condenaria quase oitenta milhões de pessoas? Onde arrumar cadeia para tudo isso? Talvez matá-los seja a solução. Para um país crescer socialmente invista na educação, não dá para todos serem doutores, mas pelo menos podemos nos contentar por sermos motorista de ônibus ou um caixa de supermercado. Quer passar programas sensacionalista, passe após a meia noite. Eu não indico aos meus alunos estes programas, porém eles assistem. O poder de vocês é bem maior que o nosso. Punir por punir é o que ocorre a todos os instantes. Você acha que ficar em vinte metros quadrados com cerca de uma pessoa por metro não é uma punição? Quero deixar claro que sou a favor da pena de morte e da prisão perpétua, mas antes temos que educar. Pois assim terei a certeza que fulano matou com conhecimento de causa e não por uma construção mal sucedida. A imprensa tem sua culpa, pense, reflita! A família não está estruturada para absorver informações eloquente dos níveis mais perversos. As quais fabricam os bandidos e políticos do presente e do futuro. Tenho a absoluta convicção que a escola publica é o local da pratica da violência aprendida pela teoria da mídia. Aqui (Escola), eles xingam os professores, pixam as paredes, agridem os amiguinhos. É aqui, que eles usam suas drogas, formam suas gangues. É aqui que aprendem na pratica toda teoria ensinada por vocês. Sei que irá pensar: então a culpa é de vocês e não nossa? Porém, por mais estranho que pareça, os professores apenas ensinam o básico do básico: "ler, escrever e somar", mas depois de alguns anos no ensino prímario, mais quatro no ensino básico, mais oito no ensino fundamental e mais três do ensino médio eles saem sabendo apenas isto? Segundo o Dr. Mário Sérgio o aluno em média presta apenas seis minutos durante uma aula de cinquenta minutos, ou seja, se o professor demorar mais de seis minutos para fazer a chamada o aluno não aprendeu nada. Acredito que durante os outros quarenta e quatro minutos estejam pensando na novela, nos programas sensacionalistas, ou pulando e agredindo os outros conforme o modelo vigente de sociedade imposto por aqueles que pensam igual a você: "que tudo pode porque temos que mostrar a realidade". Abraços, Ivan.

PS. Por incrível que pareça minhas filhas não assistem novelas, prefiro que assistam Discovery, National Geographic, History e alguns filmes. Com muito esforço tenho a guarda das meninas, uma de 13 e outra de 16 anos. Lutei durante 7 anos pela guarda das meninas. Apenas lutei para ter a guarda porque elas queriam morrar comigo desde a separação. --- Em seg, 5/7/10, rauljafet@gmail.com escreveu:
De: rauljafet@gmail.com Assunto: Re: DecepçãoPara: "Ivan Cação" Data: Segunda-feira, 5 de Julho de 2010, 0:09
Caro Ivan!

Vc se mostra extremamente radical e anti democrático!
Nem todos os políticos são canalhas! É importante levar à população sua forma de pensar e porque certos problemas não tem a solução fácil que imaginamos.
Se fosse permitido, gostaria de trazer políticos de todas as tendencias e ideologias para a avaliação do ouvinte.Sua revolta deveria ser contra o povo que não sabe votar, muito menos cobrar e exigir! É cômodo colocar a culpa nos políticos.Qtas vezes vc foi a um gabinete de um em quem vc votou, para interpelá-lo?É fácil responder:"não tenho tempo para perder..."
Qto. aos programas sensacionalistas, se eles existem é porque a violência existe, cruel da forma como é mostrada, mas pura realidade;vc é dos que acha que Tropa de Elite é obra de ficção ou pura realidade????Seus filhos deveriam sim assistir(não sei qual é a idade deles) para se prevenir qto.às maldades que estão escancaradas aí...os pedófilos, as drogas ( que muitos dos amigos deles já usam-está nas estatísticas),aliciadores, etc.
Mais mal fazem as novelas da Globo,onde pessoas passam a novela inteira armando maldades, sexo livre, desrespeito dos filhos aos pais, etc, que provávelmente vc as deixa assistir.Não adianta tampar o sol com a peneira, o mundo cão está aí, mas ao invés de protestar, o covarde povo brasileiro prefere acreditar que tudo é exagero, que em todo o mundo está igual, como sempre a culpa é da imprensa, quero ver se vc tem a coragem de chegar num microfone de rádio ou tv e falar td que eu falo, entre uma média aqui outra alí, para temperar.
Diversos amigos e conhecidos meus cantam de galo, mas qdo. os convido para vir ao rádio falar, disfarçam, até marcam, e depois dão uma desculpa qquer. e caem fora. Sua revolta deveria ser contra a impunidade, num país onde não se reduz a maioridade penal, não existe prisão perpétua muito menos pena de morte.O cara te estupra e vc o perdoa, os torturadores do Tim lopes estão soltos, o Pimenta Neves continua livre e ninguém fala nada....

Desculpe o desabafo, mas costumo responder na mesma moeda....
De qquer maneira, respeito sua opinião, sinto, mas nem Jesus Cristo agradou a todos....
Abraço forte,
Raul Jafet

----- Original Message -----
From: Ivan Cação
To: rauljafet@gmail.com
Sent: Saturday, July 03, 2010 1:35 PM
Subject: Decepção
Raul
Boa Tarde

A partir de hoje deixo de ser um fã, nego a assistir seus programas. Primeiro, politicos, depois defendendo programas sensacionalista. Querem passar os programas sensacionalista? Então! Passem depois da meia noite, de madrugada. Não é justo nossas crianças, incluindo minhas filhas, assistirem esses programas sem a presença ou autorização dos pais; ou mesmo sem o conhecimento dos pais o quanto fazem mal a elas. Querem construir almas perversas? Então! Apresentem pessoas perversas como modelo de vida a ser seguido. Portanto, meus caros amigos, como professor, patriota, amante do meu povo, nego e reprimo uma realidade construida por vocês jornalistas e políticos. Alías, aliada ao Estado. "Construtores de almas perversas". Se amanhã seu filho for morto por um assaltante, não culpe o assassino e sim pensem no que vocês fizeram. Seus assassinos mediocres, matam a alma do povo brasileiro em troca de patrocínio. Que decepção! Alías, não quero mais participar do seu programa. Raul, tenho apenas um arrependimento: divulgar seu programa para os amigos e alunos. Sem mais para o momento, Ivan Cação.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

HUMANIZAR É PRECISO


O povo brasileiro está decaindo em cultura, formação, educação, ética, moral e principalmente amor ao próximo. Tudo isso graças aos nossos políticos e a mídia podre e vendida: "Tudo em nome da audiência, dos prêmios recebidos pelos jornalistas"; desse capitalismo que valoriza a posse, o ter sem dignidade, simplesmente pelo prazer sem olhar para o outro... "Você é o que possui".Humanizar é preciso! Não é possível humanizar construindo pessoas para o mal. Quanto mais sensacionalismo pior o indivíduo, quanto mais programas ruins pior a maledicência da comunidade. A perversidade adquirida contagia como uma enfermidade toda a nação brasileira do Oiapoque (é um município do estado do Amapá, no norte do Brasil com uma área de 22.625 km²; a população, segundo o IBGE, era de 20.962 habitantes) ao Chuí (cidade brasileira, 14 quilômetros da praia, é um distrito de Santa Vitória do Palmar com uma área de 203,201 km com 5.496 habitantes).
Não podemos ficar calado diante tantas noticías ruins a todo instante repetidamente. Essas notícias invadem o inconsciente coletivo como um modelo de vida a ser seguido, fazendo com que nossos jovens e crianças hajam dessa ou daquela forma com o intuito de exterminar o próximo. Será que é isso que queremos para nosso povo? É isso que planejamos para os nossos filhos (serem vítimas ou autor da violência exarcebada)?